Por Suellen Evelyn
“Violência contra a mulher não tem desculpa, tem lei!” foi o tema da palestra realizada no Campus Anil, organizada por alunos do curso de Enfermagem. O objetivo foi trazer conscientização e ressaltar a necessidade de uma legislação especial de proteção à mulher. O evento foi aberto ao público e contou com a presença da delegada do Departamento de Feminicídio do Maranhão, Ludimila Pimenta.
A especialista em Ciências Criminais explicou que a mulher precisa de uma proteção especial e que muitas pessoas já questionaram a constitucionalidade da Lei Maria da Penha, pois, para alguns, essa lei estaria privilegiando a mulher em detrimento ao homem.
“O Direito é uma ciência humana e como tal, vai se modificando de acordo com o que a sociedade precisa. A sociedade de 2018 é muito diferente da sociedade de 1940, quando o Código Penal foi criado, por isso ele já foi modificado inúmeras vezes. Para ser justo, o Direito precisa ser diferente para os que sofrem desigualdades; e a mulher tem uma série de peculiaridades que o homem não tem”, explicou.
Delegada do Departamento de Feminicídio do Maranhão, Ludimila Pimenta, em palestra sobre violência doméstica
A delegada destacou ainda, a importância de debater o assunto no espaço universitário e afirmou que a temática tem muito a agregar a todos os alunos, não só do curso de Enfermagem.
“Trazer o respectivo tema para o meio acadêmico é fundamental, pois não tivemos uma divulgação muito ampla sobre a Casa da Mulher e seu funcionamento. No meio acadêmico, estudantes dos cursos de Direito, Psicologia e Assistência Social, por exemplo, precisam saber disso, pois é uma área onde poderão estagiar, aprender e observar o que está acontecendo, e levar coisas novas das IES para lá”, concluiu a delegada.
A estudante e uma das organizadoras do evento, Cárita Lisboa, contou que a violência doméstica é bastante debatida na mídia e diante das estatísticas alarmantes, principalmente no Maranhão, achou importante trazer um convidado que pudesse discutir melhor o assunto. “É fundamental para que as mulheres tenham conhecimento de quais medidas tomarem caso sejam agredidas ou presenciem alguma situação desse tipo, além do conhecimento sobre o funcionamento da Delegacia da Mulher Brasileira que agora é 24h”, destacou a acadêmica do 8º período de Enfermagem.
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